A popularização das mídias on demand, ou seja, disponível a qualquer momento, transformou por completo a forma como consumimos, produzimos e até mesmo distribuímos conteúdo. Com a revolução provocada pela popularização das plataformas de streaming, mais e mais usuários abandonam as mídias tradicionais, atraídos pelo novo formato. Todas essas mudanças fizeram surgir diferentes ideias de como atingir o público consumidor, e uma delas vem conquistando cada vez mais os brasileiros: o podcast.

Apesar do boom gerado nos últimos meses e do ar de novidade, não se engane, o podcast não é tão atual como parece. O primeiro podcast brasileiro foi o “Digital Minds”, apresentado por Danilo Medeiros em 2004, e atingiu um novo patamar com o surgimento do “Nerdcast”, em 2006. No exterior, é possível encontrar programas nesse modelo desde os anos 2000. A proposta da mídia é simples: são feeds de áudio distribuídos via internet, um programa de rádio sob demanda que abriga diversos estilos de narrativa, tema, periodicidades, e duração, cada um com seu público e ideia, abrangendo narração de histórias (reais e fictícias), noticiários, entrevistas, debates, conversas de bar e outros inúmeros caminhos a serem explorados.

Apesar da qualidade e variedade do conteúdo produzido, o podcast se manteve como uma mídia de nicho durante muitos anos, crescendo e se difundindo de forma gradual. Porém, recentemente, grandes empresas como a Google e o Spotify passaram a abrigar essa nova mídia devido ao imenso potencial de produção e investimento.

Segundo levantamento feito pela Deezer, aplicativo similar ao Spotify, o consumo de podcasts no Brasil cresceu 67% em 2019, evidenciando aumento relevante no número de ouvintes. Além disso, o engajamento tem atraído a atenção de muitas agências de comunicação que enxergam na plataforma uma grande oportunidade para anúncios. De acordo com a Podpesquisa 2018, 51,1% do público ouvinte escuta podcast todos os dias, número que se torna ainda mais surpreendente considerando o aumento de audiência do ano posterior.

Companhias como a Volkswagen, que aderiram cedo à tecnologia, ainda em 2005, colhem os frutos do investimento. Produzindo programas com conteúdo sobre produtos e sobre eventos que patrocinam, e explorando notícias, música e até entrevistas, a montadora se aproximou de um público mais jovem e moderno.

Em outros segmentos, empresas como a seguradora Mapfre e a farmacêutica Novartis também seguiram à tendência, com conteúdo, formato e durações totalmente diferentes, e hoje podem oferecer e promover maior entendimento de seus negócios para clientes e funcionários com uma alternativa de custo menor e ótimo retorno, criando audiência, engajando e promovendo resiliência à sua marca.

 

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